sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Em silêncio nos olhávamos por cinco, dez minutos, ela com as mãos na altura dos quadris, agarrando, torcendo a própria saia. E corava pouco à pouco até ficar bem vermelha, como se em dez minutos passasse por seu rosto uma tarde de sol. A um palmo de distância dela, eu era o maior homem do mundo, eu era o Sol.
Chico Buarque
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
?
"Ela é exatamente como os seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu a achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto."
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis, incansáveis, invulneráveis. É a coragem de avançar, ainda que com medo. É a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho. É a intenção de não desistirmos de nós mesmos, por maior que às vezes seja a tentação. São os gestos de gentileza e ternura que somente os fortes conseguem ter.
Ana Jácomo
domingo, 5 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Lembra quando nos conhecemos? Você achou que eu era grosseiro de ficar lhe encarando. Saltei na estação de metrô errada só pra perguntar o seu nome. E você não quis me dizer. Mas não fui embora sem saber. Então, você mentiu que se chamava Lena. Passei uma semana inteira só falando naquela mulher linda chamada Lena. Falei para todo mundo, Lena é muito bonita. Quando finalmente encontrei você de novo e convenci-a a andar comigo, chamei-a de Lena o tempo todo. No final do passeio, estava pronto para beijá-la e você para me dizer seu verdadeiro nome. No dia seguinte, eu disse para todo mundo como Raíssa era linda e todos riram de mim dizendo que na semana anterior era Lena, naquela era Raíssa e na próxima seria outra. Mas nunca foi. Foi sempre você.
Liev para a esposa Raíssa
Tom Rob Smith em Criança 44
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Lindo isso!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O dicionário diz que saudade é um sentimento mais ou menos melancólico de incompletude. Como assim, mais ou menos? Como saber se um sentimento está mais ou menos melancólico de incompletude? E por que às vezes é saudade e outras vezes saudades? Será que quando é menos é saudade e quando é mais é saudades? Penso que saudade é mais geral e saudades, mais específico. E que saudade é mais melancólico e saudades é menos melancólico. Mas, de incompletude, os dois sentimentos são. E eu, agora, estou com muito sentimento melancólico de incompletude específico.
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.
Martha Medeiros
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
Esperar...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação da guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Até o mais seguro dos homens e a mais confiante das mulheres já passaram por um momento de hesitação, por dúvidas enormes e dúvidas mirins, que talvez nem merecessem ser chamadas de dúvidas, de tão pequenas. Vacilos, seria melhor dizer. Devo ir a este jantar, mesmo sabendo que a dona da casa não me conhece bem? Será que tiro o dinheiro do banco e invisto nesta loucura? Devo mandar um e-mail pedindo desculpas pela minha negligência? Nesta hora, precisamos de um empurrãozinho. E é aos empurradores que dedico esta crônica, a todos aqueles que testemunham os titubeios alheios e dizem: vá em frente!
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros
domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
"Economizar amor é avareza. É terrível viver contando moedinhas de afeto."
Ana Jácomo.
Se você ama, diga que ama. Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha… mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente no universo. Pra todo mundo. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mais amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia-a-dia, esse nosso caderno de exercícios.
Ana Jácomo.
Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.
Ana Jácomo.
Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá…
Ana Jácomo.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Beijo no guardanapo
No guardanapo, não tinha sequer um numero, uma dica, nada escrito. Ela mudou a vida daquele jovem pra sempre, mas eles nunca mais se encontraram. Ela preferiu apostar tudo num pequeno gesto. O encanto virou um rastro na memória.
Vitor Freire
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural, do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver e de como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesmo;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesmo;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.
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Martha Medeiros.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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