Noite e dia
Não me agradam
essas coisas que despertam
barulho, susto, água fria
tudo na minha cara
mas nenhum sonho por perto
Não me agradam
essas coisas que adormecem
vazio, escuro, calmaria
tudo que lembra morte
quando nada mais dá certo
Não me agradam
essas coisas sem poesia
uma noite só noite
um dia só dia
Alice Ruiz
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
A sua graça caiu no meu olhar e já não sei se toda essa loucura que você
pinta é realmente maior que a minha. Vezenquando encontro seus
olhos observando os meus discretamente e eu adoro o seu jeito
desconcertado de tentar ser discreto, de tentar esconder de você mesmo o
que meio mundo já percebeu. Porque você sabe - e eu também sei-, que a
gente se encontrou num desencontro, nada havia sido marcado por três vezes consecutivas e qualquer coisa entre nós seria
inatingível. Ainda assim, você chegava antecipado, com seu riso fácil
e suas mil graças. Eu fingia que ignorava, você fingia que não se importava.
Com o canto dos olhos você conseguia captar sorrisos de canto de boca e
ria junto por dentro. Você saía de perto querendo voltar e eu ficava,
querendo que você não saísse nunca.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Falou de música, de versos, de flores e de artes. Quando a ironia não lhe acerava a palavra, ela tinha uma exuberância de afeto e ternura que manava de seus lábios e derramava em torno de si uma atmosfera de amor.
Senhora, José de Alencar
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Senhora, José de Alencar
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Quando aparecia, era sempre distraída e tinha o aspecto dessas pessoas
que se habituam a viver no mundo da fantasia, e que sentindo-se como
aturdidas quando descem à realidade, refugiam-se em suas quimeras.
Senhora, José de Alencar
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
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