terça-feira, 28 de julho de 2015

Há efetivamente um heroísmo de virtude na altivez dessa mulher, que resiste a todas as seduções, aos impulsos da própria paixão, como ao arrebatamento dos sentidos.

Senhora, José de Alencar.

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As que falam como uma novela, em vil prosa, são essas moças românticas e pálidas que se andam evaporando em suspiros; eu falo como um poema: sou a poesia que brilha e deslumbra!

- Entendo o que você quer dizer; o dinheiro faz do feio bonito, e dá tudo, até saúde. Mas repare bem, os seus maiores admiradores são justamente aqueles que não podem pretender sua riqueza

Senhora, José de Alencar

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Era uma expressão fria, pausada, inflexível, que jaspeava sua beleza, dando-lhe quase a gelidez da estátua. Mas no lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam as irradiações da inteligência. Operava-se nela uma revolução. O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem.

Senhora, José de Alencar.

sexta-feira, 24 de julho de 2015



É preciso pensar. É preciso sentir. Não é aceitável quem só sente, mas é pavoroso quem só raciocina. O "sentimental" é visto com tanto desdém, mas que horror do "animal racional"! Desse eu não me aproximo nunca. Saio correndo com desespero porque esse é o verdadeiro exterminador da humanidade. Humanidade em todos os seus sentidos.

O sentimental põe seu coração à frente de tudo. E que perigo! Já advertia o provérbio há séculos atrás: "Guarde o seu coração". Guarde o seu coração! Sua vida depende disso. Mas o que nunca foi escrito é "Ignore-o. Finja que não tem um, até que você pare de sentir." 

Que haja sempre essa combinação de opostos, o pensar e o sentir. Contraditórios e necessários. Que o ser humano seja humano, com todas as suas contradições bem vivas. Que não sejam máquinas, tudo certinho nas gavetas. Abaixo os cérebros ambulantes!