quarta-feira, 31 de março de 2010


Eu adoro a maneira como ele sorri e o jeito como se veste. Adoro o seu olhar observando o meu discretamente. Mas sem dúvidas, eu o adoro porque é inatingível. Porque eu nunca vou poder saber se está tudo bem, se sua avó é saudável. Vou, no máximo, cumprimentá-lo ao reconhecê-lo na rua, ou olhar para trás quando já estiver distante. Não vou descobrir se ele prefere morango ou uvas, nem a sua cor preferida. Não vou abraçá-lo em seu aniversário. Proibido para mim. Mas às vezes eu sonho, e quando sonho o improvável acontece. E se o improvável acontece, o inatingível brota em minhas mãos.

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